domingo, 19 de agosto de 2012

"Era loucura", diz Pierre Bittencourt sobre sucesso de Chiquititas

                             

Em julho de 1997 estreou no SBT um dos grandes sucessos da emissora nestes 31 anos de vida completados neste domingo, 19 de agosto: Chiquititas. Fenômeno dos anos 90, a novela, que acaba de comemorar 15 anos de sua estreia, foi reduto de novos talentos que hoje podem ser vistos em diversos papéis na televisão brasileira.

Entre estes pequenos astros estava Pierre Bittencourt, que interpretou o Mosca na trama. No ar atualmente com o quadro "Bill e Gates" em A Praça É Nossa, Pierre recebeu o site do SBT nos intervalos de gravação para relembrar o sucesso de Chiquititas e contar como é interpretar um personagem em um dos programas mais tradicionais da TV brasileira.


Como você começou a sua carreira?

Comecei na publicidade com 4 anos. Minha mãe sempre foi macaca de auditório do Silvio e quando rolavam esses programas que precisavam de criança, ela dava um jeito de me colocar para fazer porque ela sempre quis que eu trabalhasse com isso e era uma coisa que eu gostava de fazer quando era pequeno. Chiquititas veio quando eu já tinha 12 anos, mas com 4, 5 anos, eu já estava fazendo coisas dentro da emissora. Com 6 anos eu fiz o primeiro longa, com 9 estreei no teatro com o Paulo Autran e com 10 fiz o segundo longa. Quando eu tinha 12 anos surgiu o teste para fazer a novela.


Como foram os testes para Chiquititas?Eu me lembro que foi uma bateria de testes. A gente fez uns quatro ou cinco. A cada dia a gente fazia um. Teve de voz, dança, canto..

Vocês tinham noção do tamanho do sucesso que faria?A gente não sabia. Na época não existia nem internet com banda larga. Fui ter computador quando fui para a Argentina (a novela era gravada lá). Se a gente tivesse essa modernidade de hoje, é lógico que a gente já saberia, mas só sabíamos que era uma novela infantil que ia ser gravada em outro país e que ninguém sabia se ia dar certo. Tanto que nosso primeiro contrato era de seis meses.

                             


Você lembra da repercussão nas ruas?Até hoje a galera me chama de Mosca, para na rua mesmo com o visual novo para o personagem da Praça. Hoje já falam “Ahh, você é o Pierre que faz a Praça e que já fez Chiquititas”, agora inverteu a ordem (risos).


Reveja a abertura da novela:



Vocês não conseguiam nem sair nas ruas na época...A gente saía, mas já tinha que ter consciência do que ia causar. Minha família nunca teve carro, então a gente andava de ônibus e as pessoas não acreditavam (risos).


Como vocês moravam na Argentina e lá não passava a novela, vocês conseguiam ter uma vida mais normal?A gente vinha muito para o Brasil, a cada 2, 3 meses, para fazer todos os programas da casa. Parecia jogador de futebol. No aeroporto, a gente não podia sair pelo desembarque normal. A Infraero fazia um cordão de isolamento, uma equipe de seguranças monstruosa com dois ônibus, um para as mães e outro para as crianças. Era loucura. Lembro de um dia que a gente teve que trocar de ônibus porque o nosso ônibus estava manjado e eles contrataram uma outra empresa. Foi uma febre. Até hoje encontro pessoas que têm a mesma idade que eu ou até mais novas que se emocionam, choram, tremem, pedem para tirar fotos...

Durante esses 4 anos, você teve a certeza que tinha que ser ator?Eu já fazia aquilo. Depois da novela, fiquei conhecido nacionalmente como o Mosca. Cheguei num estágio que não tinha mais como fazer
 outra coisa. Eu nasci para fazer isso. É uma coisa que está na veia mesmo. Não foi porque minha mãe quis que me colocassem lá.

Você ainda tem contato com os atores da novela?Com as pessoas que ficaram aqui em São Paulo sim. Mas é que cada um é muito ocupado, criou uma rotina. Uns continuaram com teatro, TV...

Como é ver tanta gente que cresceu com você e agora te assiste na Praça?Eu me sinto honrado de fazer parte de um programa como A Praça É Nossa, de tradição e família. Acho que este é o verdadeiro entretenimento. Fazer o público dar risada apesar de todos os problemas que cada um tem na sua vida.

Como surgiu a ideia do quadro?Esse é um quadro que já existiu no início da Praça com outros dois atores. Tiveram a ideia de retornar com o quadro e vieram falar comigo. Na rua às vezes eu paro para abastecer o carro e o cara não fala nada. Na hora que eu vou embora, ele fala “ainda bem que nóis é pobre” (bordão do personagem) (risos).



Além da Praça, você também está em cartaz no teatro. Como é a peça?Eu, o Márcio Amaral e Andréia Nóbrega estamos fazendo a peça “O Cunhado” viajando o interior de São Paulo. É uma dose tripla da Praça no teatro. É uma ideia do Márcio, um stand up que ele conta sobre os cunhados que ele já teve. Conforme ele vai falando, eu entro fazendo as situações destes cunhados.



Créditos: Site do SBT.

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