quinta-feira, 31 de maio de 2012
"Viajo 40 mil quilômetros por ano", afirma Richard Rasmussen em entrevista sobre bastidores do Aventura Selvagem
Richard Rasmussen tem o emprego dos sonhos de muita gente. Para gravar os episódios do programaAventura Selvagem, ele passa a maior parte de seu tempo na estrada. São oito viagens por ano, cada uma com duração média de 40 dias e cinco mil quilômetros rodados.Na companhia de uma pequena equipe, o aventureiro desbravalugares inusitados e fica frente a frente com bichos raros, perigosos e exóticos, coisa que ama fazer. Mas, segundo Richard, que já gravou 110 episódios do programa, seu trabalho tem também uma parte ruim. Descubra qual é na entrevista dele sobre os bastidores do Aventura:
Quem viaja com você para as gravações do programa?
Eu viajo com mais quatro pessoas: dois câmeras, um fotógrafo e um produtor, que também é mergulhador e ajuda com as gravações debaixo d’água.
Como é feita a escolha dos destinos de suas viagens?
Procuramos unir a vontade da equipe de ir a um lugar com as possibilidades de gravações oferecidas pelo local. Fazemos sempre uma grande pesquisa para descobrir a melhor época do ano para viajar. Não adianta eu ir ao Alaska quando os ursos estiverem hibernando, por exemplo. A prioridade é visitar lugares que rendam o maior número de material interessante para o programa. As pesquisas também ajudam a incluir em nosso roteiro coisas interessantes e poucos exploradas. Ir ao Alaska gravar com ursos é bacana, mas se a gente descobrir outros animais curiosos pelo caminho, melhor ainda. Definido o destino, começamos a fazer os contatos para descobrir como as coisas funcionam em cada lugar, quem são as pessoas que podem nos ajudar e, assim, a viagem começa a deixar o papel. Além da equipe que produz o programa, temos uma equipe que pesquisa a respeito dos animais e da cultura local, tudo para a viagem acontecer.
Quanto dura, em média, cada expedição?
As viagens duram entre 40 e 45 dias porque precisamos, de fato, aproveitar e explorar ao máximo o lugar visitado. Dependemos muito da logística e da aclimatação e precisamos de tranquilidade para “mergulhar” naquele local e descobrir tudo o que é mais bacana.
As viagens exigem muito improviso?
Eu digo que a grande beleza do nosso trabalho é que apenas 30% do material gravado é pautado. O restante é tudo surpresa! E esta é a melhor parte da aventura. A gente tem que ter os meios a disposição para tomar decisões e voltar com material além do esperado. Se alguém nos avisa que tem uma baleia encalhada, e isso não está no nosso roteiro, a gente se vira e vai até o local para fazer as imagens. Não dá para pautar uma baleia encalhada. Temos que estar preparados para tudo o que acontecer.
Qual foi a cena mais bacana que um improviso já rendeu ao programa?
Um dos episódios gravados na África do Sul mostrava a caça ilegal aos rinocerontes. Conseguimos gravar com uma equipe responsável por colocar microchips de identificação nestes animais a fim de evitar a matança e, em determinada noite, soubemos que um rinoceronte havia sido morto. Fomos até o local para fazer as imagens, afinal, apesar de fortes, elas eram a melhor forma de ilustrar a história que a gente estava contando.
Foto: Marcio Lisa/Txai
Quantos países você já visitou ao longo de sua carreira?
Já estive em todos os países da América do Sul. Na América Central, não conheço dois ou três países e, na América do Norte, contando os que eu já estou programado para visitar, conheço todos. África conheço pela metade e, se der tudo certo, a partir do ano que vem, vamos para a Ásia, que eu ainda não conheço. Conheço também cada cantinho do Brasil.
Tem ideia de quantos quilômetros já rodou para gravar o programa?
A média é de quatro a cinco mil quilômetros por viagem. No caso da África do Sul, rodamos oito mil quilômetros. Pelo SBT, faço oito viagens por ano. Então, rodo, em média, 40 mil quilômetros a cada 12 meses. Na maioria das vezes, nossa locomoção dentro dos países acontece a bordo de um motor home.
Entre uma viagem e outra, quanto tempo a equipe ganha de descanso?
Para cada viagem de 40 dias, em média, descansamos de 10 a 15 dias. O tempo de descanso depende da quantidade e da qualidade do material produzido durante as viagens. Por isso, trabalhamos muito quando estamos na estrada. Começamos cedo e gravamos até tarde, sete dias por semana, mesmo quando é feriado.
Qual a parte chata do seu trabalho? Se é que existe alguma...
Existe sim. O outro lado da moeda é exatamente perder a capacidade de fazer qualquer atividade que exija uma regularidade. Nada na minha vida pode ser programado. Desde fazer uma academia até aprender uma outra língua. A tua família não existe. E, se existe, ela sofre demais. Ninguém passa nenhuma data especial com parentes e amigos. Eu tenho dois filhos e, quando estou em casa, minha prioridade é ficar com eles.
Fonte : Juliana Bacci (Site do SBT)
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