Patrícia Abravanel sobre Silvio Santos: "um semideus"

                             

Pessoas comparam Sílvio Santos a um semideus, acredita filha

Filha de Silvio Santos, a empresária e apresentadora Patrícia Abravanel foi a convidada desta quarta-feira (4) do Tas ao Vivo. A paulistana, que comanda os programas Roda a Roda e Cante se Puder, ambos do SBT, começou a entrevista com Marcelo Tas falando sobre a origem de seu sobrenome, que remete à família do Rei Davi.

A comunicadora, que segue os passos do pai na carreira televisiva, acredita que "não é um peso" assumir esta responsabilidade. Para ela, não foi um choque quando começou a participar dos programas da emissora, pois o pai já havia conquistado o público. "Ele é como se fosse um semideus", brincou a empresária.

Patrícia acredita que seu lugar é na televisão, mesmo que por trás das câmeras. Quando passou a aparecer nas atrações do pai, ela comentou que o fiel auditório a considerava "metidinha". Com simpatia e desinibição, porém, ela acredita estar no caminho para conquistar a plateia. "Conhecer o público e tentar agradá-lo de alguma forma, sem tirar a minha personalidade", pontuou a apresentadora como uma das coisas que mais busca na TV.

Quando assumiu o Cante se Puder, grande parte dos espectadores do horário manifestou a insatisfação por terem tirado do ar o programa Chaves, transmitido pelo SBT desde a década de 1980. Na ocasião, Patrícia tentou conquistar o público ao aparecer com uma camiseta em homenagem ao humorístico e também ao encontrar episódios que "estavam perdidos onde ficam todas as fitas do SBT", contou.

Patrícia ainda falou sobre a sua infância, em que admitiu ter sido "muito rebelde". Além de comentar que adorava enfrentar a autoridade de Silvio, ela relembrou que chegou a ser expulsa do Colégio Graded, tradicional instituição de ensino na capital paulista. Bagunceira confessa, a apresentadora relembrou que cerca de 60% dos alunos eram filhos de executivos estrangeiros de grande poder aquisitivo, por isso "era igual a todo mundo". Ela ainda brincou que foi alfabetizada na língua inglesa, e que, por este motivo, tem o português "tão precário".

Além de alguns "tapinhas na bunda" do pai, a empresária relatou que, apesar de rica, foi criada como se fosse da classe média, pois Silvio nunca permitiu que a família esbanjasse dinheiro. "Tem que ralar", pontuou ela sobre a sua educação, em que sempre foi valorizado o investimento na carreira profissional e nas conquistas pessoais."Tem tanto rico que é tão pobre, pobre de espírito, de pensamento, é uma coisa que nunca quero ser", observou.

A apresentadora, que irá comandar uma nova atração prevista para estrear no final de agosto ou início de setembro, não entrou em detalhes sobre o formato do programa. "Não quero criar expectativa", desabafou, ao observar que gostaria de um projeto em que pudesse viajar e interagir com as pessoas na rua.

Após ser projetada uma frase em que Patrícia pronunciou em outra ocasião, Tas falou sobre a sua relação com o público. "Eu quero ser popular, que o povão me ame", leu a comunicadora, ao frisar que continua sustentando a mesma opinião. Questionada sobre os momentos em que tem a oportunidade de interagir com pessoas de classes sociais mais baixas, Patrícia, porém, admitiu que não costuma andar pelas ruas à pé, mas rebateu: "se eu quiser sair, eu posso".

A empresária, que não descarta ingressar na carreira política futuramente, também comentou sobre o sequestro do qual foi vítima em 2001. Para ela, o episódio foi uma virada em sua vida "em todos os sentidos". Patrícia, que disse ter encontrado a sua fé ao viver a forte experiência, ainda relembrou que, meses antes, havia sonhado com uma situação parecida.

No sonho, ela estava em sua casa e acabava em um tanque de tubarões, nadando com os animais. Mais tarde, no momento em que foi raptada, os sequestradores se identificaram como "Tubarão Um" e "Tubarão Dois", o que a remeteu, imediatamente, ao sonho. Questionada por Tas se ela havia sofrido da Síndrome de Estocolmo - em que a vítima se identifica com o agressor - Patrícia riu e garantiu que foi a fé que a tranquilizou durante o cativeiro: "acho que Deus fala com a gente, em sonhos, intuição".

Apesar da carreira em ascensão, a apresentadora confessou não estar preparada para tomar todas as decisões, caso o pai se afaste da emissora. "A gente fica pronta na hora que a situação vem", disse, ao comentar que Silvio já está preparando os herdeiros. Patrícia, porém, acredita que o pai não irá se aposentar tão cedo: "ele é hiperativo", observou.

Com as luzes do estúdio apagadas e beijos sendo projetados nas paredes, Tas chamou o quadro Momento Romântico. Ao projetar um vídeo em que Silvio a chama para dançar funk no palco, o apresentador perguntou se a comunicadora frequenta clubes de funk. "Fui uma vez", relembrou ela sobre a sua ida à casa noturna Favorita, na entrada da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. "Pra conhecer a nossa cultura, o que o povo gosta de fazer", justificou, ao frisar que não foi "até o chão" enquanto dançava.

Patrícia ainda recebeu sugestões dos internautas para o formato de um programa que seria ideal para ela. Ao receber uma dica de que combinaria com uma atração humorística, ela citou o sobrinho Tiago Abravanel e o classificou como "o novo Chico Anísio". O ator, que estrelou o filme Tim Maia - Vale Tudo, "tem essa veia humorística", segundo a tia.

Com descontração, Patricia ainda riu da ocasião em que as calças de seu pai caiu durante um programa, em abril deste ano. "Acho que ele deve ter esquecido de colocar o cinto direito", opinou, ao enfatizar que com o pai funciona assim: "tudo no improviso".

Fonte : "Tas ao vivo" - Portal Terra